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Jesus Cristo, o Modelo Supremo de Caráter


Jesus Cristo, o Modelo Supremo de Caráter

Texto Áureo: Jo. Is. 9.6 – Leitura Bíblica em Classe: Mt. 1.18; 3.16,17

INTRODUÇÃO
Nas lições deste trimestre, fizemos um passeio biográfico por alguns dos personagens mais expoentes da Bíblia, ressaltando sobretudo suas qualidades, a fim de aprender a respeito do caráter deles, e aplicar seus exemplos em nossas vidas. Na lição de hoje, a última deste trimestre, veremos que Jesus é o modelo perfeito do caráter cristão. E este, somente pode ser alcançado, quando permanecemos nEle que, por meio do Seu Espírito, produz, em nós, o Seu fruto.

1. CRISTO, O MODELO DO CARÁTER CRISTÃO
Jesus de Nazaré um o grande exemplo de caráter para todos aqueles que seguem após Ele. Sempre foi totalmente Deus e totalmente homem, por opção da divindade o Verbo se fez carne e habitou no meio de nós (Jo. 1.14). E isso se deu no templo devidamente estabelecido por Deus, pois “vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido soba lei, para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos (Gl. 4.4,5). Desde cedo Ele crescia e se fortalecia em espírito, cheio de sabedoria; e a graça de Deus estava sobre ele. Ora, toso os anos, iam seus pais a Jerusalém, à festa da páscoa (Lc. 2.40,41). Da perspectiva humana, o caráter de Cristo foi desenvolvido a partir do seu contato com a família, bem como com a religião judaica, na qual foi instruído desde cedo. De igual modo, devemos ter o cuidado de orientar nossos filhos, nos ensinamentos da Palavra de Deus, a fim de que esses cresçam no temor do Senhor. Cristo é o modelo perfeito para o caráter cristão. A seu respeito, Pedro testemunha: “Mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incontaminado” (I Pe. 1.19). Esse discípulo de que andou com Jesus, percebeu, em consonância com os cordeiros sacrificados na Antiga Aliança (Ex. 12.5), que Cristo é perfeito, que não havia nEle qualquer pecado. O autor da Epístola aos hebreus afirma também, que “o sangue de Cristo, que pelo Espírito eterno se ofereceu a si mesmo imaculado a Deus, purificará as vossas consciências das obras mortas, para servirdes ao Deus vivo?” (Hb. 9.14). Em outra epístola, Pedro nos mostra a necessidade de ter a Cristo como parâmetro para a vida do cristão: “Por isso, amados, aguardando estas coisas, procurai que dele sejais achados imaculados e irrepreensíveis em paz” (II Pe. 3.14). De modo mais específico, é possível alcançar esse status não por meios meramente humanos, mas, pelo Espírito, em amor, cujo maior exemplo, na verdade, é Cristo (Mt. 5.44; Lc. 6.27; Jo. 13.1,34; 15.12). Se alguém perguntar: como podemos imitar a Cristo? A resposta mais simples, e ao mesmo tempo, desafiadora para o cristão, é: amando como Ele amou.

2. A VIDEIRA E SEUS FRUTOS
Em Jo. 15.1-17, Jesus trata a respeito da videira e seus ramos com o objetivo de ilustrar como deve ser o relacionamento do cristão com Deus a fim de produzir frutos. 1) existem ramos que por não produzirem frutos, são cortados da videira (Jo. 15.2); 2) alguns ramos não permanecem ligados à videira, por isso, são lançados no fogo e são queimados (Jo. 15.4); 3) os ramos que produzem frutos são podados e limpos para que dêem mais frutos ainda (Jo. 15.2). O projeto de Deus para as nossas vidas é a santificação (II Ts. 2.13), portanto, não podemos viver sem produzir frutos, na verdade, por meio deles é que somos conhecidos (Mt. 7.16-20). As condições para a produção do fruto espiritual são: 1) ser podado pelo Pai – isto diz respeito à maturidade cristã (I Ts. 5.23; Hb. 12.10-14), que envolve também a disciplina (Hb. 12.5,6) e o sofrimento (Tg. 1.2-4); 2) permanecer em Cristo – refere-se à posição do cristão com Ele (Jo. 15.4; II Co. 5.17; Ef. 2.6); e 3) a permanência de Cristo é nós – é por meio da vida de Cristo em nós que podemos viver com Ele viveu (Jo. 15.4; I Co. 1.2; Gl. 2.20; Fp. 1.1; I Jo. 2.6). Ele é um exemplo de humildade e mansidão, pois na oportunidade em que haveria de ser batizado, o próprio João Batista reconheceu que não era digno de batizar Jesus. Mas este, a fim de que se cumprisse toda a justiça diante de Deus, por isso colocou-se em posição de humildade, permitindo que João o batizasse (Mt. 3.13-15). Jesus fez-se servo, humilhando-se “até à morte”, esvaziando-se da Sua glória celestial (Fp. 2.6-8), e para dar um exemplo impactante para os discípulos, decidiu lavar os pés desses (Jo. 13.3-5). Nesses tempos de tanta disputa por cargos e posição, devemos aprender com o exemplo de Jesus, a não investir na glória terrena, antes depender de Deus, e viver em humildade.

3. A FRUTIFICAÇÃO PELO ESPÍRITO
O desenvolvimento do caráter cristão carece de frutificação espiritual. Para esse fim, meditemos, a partir de Gl. 5.22, a respeito dos aspectos desse fruto, nos remetendo, inclusive, aos termos gregos: 1) amor (agape) – é o fundamento do fruto, manifesta-se na disposição em doar a si mesmo (I Co. 13; Gl. 5.13; Rm. 5.2-5; Ef. 5.23-32; 5.1,2), a exemplo de Cristo (Jo. 3.16; I Jo. 3.16); 2) alegria (chara) – alegria que independe das circunstâncias (At. 2.46; Rm. 14.7; 15.13; Fp. 4.4); 3) paz (eirene) – que não se atribula perante as adversidades (Is. 26.3; Jo. 14.26,27; Cl. 3.15); 4) longanimidade (makrothumia) – tolerância para suportar os momentos difíceis (Sl. 119.71; Rm. 5.3,4; Hb. 12.7-11; Tg. 1.3,4; 5.10,11; I Pe. 2.20); 5) benignidade (chrestotes) – disposição graciosa para fazer o bem (Ef. 4.31,32; 5.1,2); 6) bondade (agathosune) – é a prática da benignidade (Rm. 15.14; Gl. 5.22; Ef. 5.9; II Ts. 1.11), mais precisamente, à generosidade (II Co. 8.1-15; Gl. 6.9,10; I Pe. 4.8-10); 7) fidelidade (pistis) – a fé que prevalece apesar das tribulações (Rm. 5.1,2; Hb. 6.12; I Jo. 2.6); 8) mansidão (praotes) – submissão e humildade em relação a Deus e ao próximo (Mt. 11.29; Tg. 1.21; Gl. 6.1; I Pe. 3.15,16); e 9) domínio próprio (egkrateia) – controle diante das tentações (Tt. 2.11,12; II Pe. 1.5,6; I Co. 7.9;  9.25). Jesus é um exemplo de alguém que é conduzido pelo fruto do Espírito, por isso continua sendo a maior referência sobre o genuíno amor. A igreja deve seguir esse modelo de caráter, pois como Ele mesmo ressaltou, após lavar os pés dos discípulos: “porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também” (Jo. 13.15). A demonstração do caráter de Jesus se dá principalmente pela manifestação do amor-agape, que se concretiza em atos de misericórdia e compaixão. Jesus curou muitos que sofriam de enfermidade (Mt. 14.14), também se compadeceu das pessoas famintas (Mt. 15.32). O individualismo contemporâneo nada tem de cristão, é o reflexo de uma sociedade adoecida, que prefere culpar os outros pelas suas fragilidades, ao invés de ajuda-los. Não podemos esquecer que o amor-agape é a marca distintiva de todo cristão (Jo. 13.34,35). A esse respeito declarou Jesus: “como o Pai me amou, também eu vos amei a vós; permanecei no meu amor” (Jo. 15.9).

CONCLUSÃO
O desenvolvimento do caráter de Cristo não é algo que acontece de uma hora para outra, é resultado de uma longa caminhada ao lado do Senhor. Nós nEle e Ele em nós suscitará, ao longo do processo, a transformação, por meio da qual, de glória em glória, somos feitos à semelhança de Sua imagem (II Co. 3.18). Em toda e qualquer circunstância, Cristo, e não qualquer homem e mulher do Antigo e do Novo Testamento, é O modelo a ser seguido, pois “Àquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus” (II Co. 5.21).

BIBLIOGRAFIA
BARCLAY, W. As obras da carne e o fruto do Espírito. São Paulo: Vida Nova, 2000.
GILBERTO, A. O fruto do Espírito. Rio de Janeiro: CPAD, 2007




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